quinta-feira, 27 de março de 2014

Capitulo 2

Boa noite meninas!
Como havia prometido ao postar na Momentos, aqui está o segundo capitulo! Espero que gostem, e gostava muito que deixassem os vossos comentários!
Besitos <3
Mónica

-Chegámos - sorri, antes de entrarmos no edificio.
-Achas que consegues tremer mais? É que o chão ainda não tremeu! - gozou a Alice, devido ao meu estado.
Durante todo o treino, que assistimos na primeira bancada, tive a noção que os meus olhos brilhavam e um sorriso grotesco estava estampado no meu rosto. Era o mais próximoque alguma vez estivera dele, e a felicidade que sentia era enorme. Arrepiava-me.
-Estás quase a babar-te! - disse-me a Alice, falando um pouco mais alto para que conseguisse ouvir no meio do barulho nas bancadas.
-Não estou nada! - protestei, sem desarmar o sorriso nem recolher o brilho nos olhos ou sequer desviar o olhar. Apesar do protesto sabia que ela tinha razão, não no sentido literal, mas por acreditar que seria impossivel sentir mais intensamente a felicidade e o orgulho daquele momento.
-Estás sim, e tu sabes! - insistiu.
-Pronto, está bem, se calhar sim! - ri.
-Ai o meu Rodrigo, tão lindo! - gozou, agudizando mais a voz para enfatizar o tom jocoso.
-Para de gozar, posha! - reclamei, sorrindo controversamente, encarando-a. E nesse instante apercebi-me que uma rapariga a dois lugares de distância da Alice prestava atenção à nossa conversa. Ao encará-la a sua cara não me pareceu desconhecida, mas decidi ignorar tal atenção da pessoa.
-Eu não estou a gozar, estou a dizer a verdade!
-Olha o Nico! - decidi batotear, de modo a cala-la e fazê-la prestar atenção no campo. Resultou, porque ela exclamou um ''Onde? '', virando a cara automáticamente para o campo.
No final do reino, deixado com inúmeros aplausos, começamos a dirigir-nos para o exterior, para esperar pelos jogadores.
-Oh Di, aquela não é a namorada do Rodrigo? - perguntou-me a Alice, apontando uma rapariga que nos acabava de passar à frente na pouco ordeira saída do Caixa. Olhei de relance, mas não consegui perceber.
-Não sei, está de costas não consigo perceber.
-Já vemos lá fora então. - Acabámos por chegar ao exterior, sempre com a Alice a seguir com o olhar a tal rapariga. - Vê lá agora, ela está virada para aqui! - chamou-me. Olhei e vi-a abrir a porta do condutor de um carro, constatando que de facto era a namorada dele. Porém apercebi-me no mesmo instante que era ela também a rapariga que prestara atenção à minha conversa com a Alice durante o treino. - Então, é ela ou não? - insistiu a minha prima.
-É - respondi, desprendendo o olhar da espanhola e encarando a minha prima.
-E porque é que estás com essa cara?
-Porque ela ouviu-nos, quando tu gozas-te comigo por causa do Rodrigo, no treino.
-Como assim?
-Ela estava sentada a dois lugares de distância de ti!
-Ah, está bem. Mas também qual é que é o problema?
-É a namorada dele, não gosta de ouvir de certeza, oh estrupicia!
-Vai chamar estrupicia à tua prima!
-Acabei de fazê-lo.
-Oh, não é a mim! - reclamou. - Mas olha, ela que se aguente, ninguém a mandou meter-se no meio de adeptos, repletos de fãs e admiradoras que ela sabe de certeza que se fartam de babar para os jogadores! - Eu ri apenas. Ela até tinha razão, mas não tinha sido bom, ainda por cima sendo eu a destilar pelo namorado dela. Pouco depois os jogadores começaram a sair. Viam-se pessoas por todo o lado a pedir fotografias, autógrafos, abraços e beijinhos. Quando o Nico se aproximou, pedi que parasse para dar dois beijinhos e um autógrafo à minha prima, que morria de vergonha, e acabei por convencê-la a tirar também uma fotografia. Assim que o carro avançou viramo-nos para trás para ir vendo quem se aproximava e pedir que parassem para, pelo menos eu, guardar recordações e colectar lembranças do dia.
-Olha o Rodrigo! - chamou-me a Alice, após eu ver o carro do Rúben Amorim afastar-se, depois de este parar e me fornecer um novo momento que guardaria na memória do coração. Olhei imediatamente e vi-o, estava a entrar no carro, estranhamente do lado do passageiro, pois a namorada estava ao volante. Voltei a sorrir estrondosamente. Mais nenhum carro estava a ser tirado ou em circulação quando a espanhola ligou o motor e tirou o carro do lugar, mantendo uma velocidade minima, de modo a alguns fãs ainda conseguirem entregar cartas, cartazes e coisas do género ao Rodrigo, mas ao passar por nós a velocidade estrapassou o esperado, passando assim até à saída. Eu e a Alice eramos as únicas naquele espaço, tinhamos ficado longe da confusão, por isso era evidente o motivo da alteração súbita de velocidade. No entanto ainda consegui ter um vislumbre, rápido, do Rodrigo, ao passarem por nós. Parecia tão perto mas num piscar de olhos tão longe que me irritou.
-Filha da mãe! - exasperei, gesticulando com o braço. - Ela ficou com ciúmes, só pode!
-Estúpida! - gritou a Alice na direção para onde o carro havia seguido, - E agora? - perguntou, virando-se para mim.
-Agora não sei! Gastei o dinheiro que tinha guardado para conseguir vir aqui numa das únicas oportunidades que tenho e agora aquela lapa estragou tudo! - Assim que terminei de falar fui obrigada a virar-me para trás.
-Meninas! - ouvi chamarem-nos. Era o Lima, seguido da mulher e da filha. - Desculpa eu me meter, mas eu não consegui deixar de ouvir o seu desabafo. Você queria entregar isso pró Rodrigo? - perguntou-me, olhando para a carta que eu tinha nas mãos.
-Pois, queria, mas a namorada dele não me deixou.
-Quer que eu dê pra ele? Eu sei que não é a mesma coisa, mas eu posso entregar, se você quiser.
-A sério? - perguntei, tornando a exibir um sorriso.
-Claro, e eu prometo que eu deixo bem na mão dele!
-Obrigada, Lima! - agradeci eufusivamente, abraçando-o, entusiasmada.
-De nada! - riu, abraçando-me também.
-Ai desculpa, mas é que eu ficava mesmo muito agradecida se lhe entregasses a carta! - desculpei-me pelo abraço.
-Não tem problema, e eu faço de boa vontade! - sorriu.
-Posso pedir-te  mais duas coisas?
-Se eu puder te ajudar!
-Um autógrafo e uma fotografia?
-Claro! - passei-lhe o bloco e a caneta. - Qual é o seu nome?
-Diana. - Ele escreveu e entregou-me de volta o bloco e a caneta.
-A foto, agora - posicionei-me ao seu lado, enquanto a minha prima preparava a máquina.
-Papai - ouvimos da janela do carro atrás de nós, que era o carro do Lima. - Posso tirar a foto com vocês? - perguntou a sua filha, Maria Paula, envergonhada.
-Por mim pode, meu bem, tem é de perguntar prá menina se pode - respondeu-lhe ele.
-Pode? - perguntou a menina, olhando-me envergonhadamente.
-Claro que sim! - sorri-lhe.
-Ôbá! - sorriu. A mulher do Lima, Valéria, ajudou a filha a sair da cadeirinha e vir para junto de nós. Colocou-se entre mim e o Lima e sorrimos os três para a fotografia.
-Agora posso pedir-te eu uma cisa? - perguntei à Maria Paula. Ela abanou a cabeça, afirmativamente. - Dás-me um beijinho?
-Só se você me der um abraço! - contrapôs, carismaticamente esperta.
-Fechado! - acedi com toda a vontade, sorrindo, recebendo e dando-lhe um beijinho e depois abraçamo-nos por segundos. - Obrigada! - agradevi.
-De nada! - sorriu docemente, voltando para a sua cadeirinha com a ajuda da mãe.
-Gostou de você! - constatou o Lima, rindo.
-Ela é tão fofinha! - constatei, o que nos levou a rir a todos.
-Bom, a gente vai embora, mas eu prometo que eu entrego a sua carta pró Rodrigo! E eu cumpro sempre minhas promessas!
-Eu acredito em ti. Obrigada, Lima, a sério!
-Não tem que agradecer, eu percebi o quanto significa pra você! E eu gostei de você!
-Eu também comprovei que é fácil gostar de ti, aliás, de vocês!  - sorrimos.
-Então pronto, tchau meninas!
-Adeus, e obrigada, mesmo! - ele sorriu de volta e entrou no carro. Nós duas permanecemos algum tempo ainda até todos os jogadores e o Mister terem ido embora e depois embarcamos na viagem de regresso a casa.
-Que sorte que tiveste! - disse a Alice, quando estavamos já no autocarro que nos levaria de novo a Cacilhas, onde apanhariamoa o barco então.
-Nem me digas nada! Não estava mesmo à espera, não me passava pela cabeça sequer, mas ainda bem que aconteceu! O Lima é mesmo querido, e a Maria Paula é uma fofinha! Viste ela a perguntar se podia tirar a fotografia connosco? Que querida!
-Pois foi! A namorada do Rodrigo é que foi uma idiota!
-Os ciúmes bateram-lhe à porta e ela decidiu fugir!
-Mas também já olhaste para ti?
-O que é que eu tenho?
-És bonita!
-E daí se sou bonita? Ele não está com ela? Não percebo porquê a insegurança deste tamanho, ainda por cima os comentários nem foram tão espalhafatosos assim, até foram modestos! Até parece que ela não tem provas suficientes que ele está com ela e só com ela!
-Mas tens de admitir que competir contigo é duro, mesmo sendo ela modelo, ou tendo sido, ou lá o que seja!
-Mas que competir? Eu não estou a competir com ninguém, muito menos com ela! Eu quero que ele seja feliz, e se é com ela, que seja! Eu só queria dar-lhe a conhecer a minha admiração por ele e o meu apoio!
-Pronto, está bem, não te revoltes, sim?
-Só estou revoltada com ela que foi dramática! - desmanchamo-nos a rir e continuamos a conversa, desviando a atenção do Rodrigo e da namorada.

(Rodrigo)

Tinha sido muito bom sentir a energia e o apoio dos adeptos no treino de hoje. Mesmo que a gente não tivesse em baixo, era sempre bom ficar melhor ainda com todas as demonstrações de apoio. Após o treino terminar. eu me despachar dos balneários, saí e fui directo pró meu carro, onde a Yaiza me esperava. Estranhei quando vi ela no lugar do condutor, pois geralmente quem conduz sou eu, mas me sentei no lugar do passageiro e ela ligou logo  o carro.
-Hola! - sorri pra ela, enquanto entrava no carro.
-Hola - respondeu, sem ter um tão grande sorriso como habitual.
-Qué pasa?
-Nada. Nos vamos?
-Sí, pero despacio para que pueda hablar un poquito con ellos, por favor - pedi, me referindo aos adeptos que se juntavam esperando os jogadores.
-Vale - concordou, mas a sua expressão não era muito boa. Alguma coisa tinha acontecido. À medida que iamos passando pelos adeptos eles iam me falando e entregando várias coisas, que eu aceitava de bom grado. Reparei que haviam duas raparigas um pouco mais afastadas do aglomerado de pessoas, percebendo que não pareciam gostar muito de ficar naquela confusão. Ia falar prá Yaiza parar junto delas também, quando de repente ela acelerou, passando rápido junto delas e saindo à mesma velocidade do perímetro do Caixa.
-Por qué eso, Yai?
-Quiero ir me a casa deprisa.
-No has visto las niñas?
-No! - respondeu bruscamente.
-Que te pasa, Yai? No estas bien!
-Nada, ya te he dicho que quiero ir me a casa deprisa.
-Sólo eso?
-Sí - continuou respondendo rispidamente.
-Bien - terminei a conversa, no entanto não tava convencido.
Chegámos em casa e eu fui até ao quarto deixar as minhas coisas, enquanto ela se ficou logo  pelo sofá da sala, ligando a televisão. Eu fiz o jantar e na hora do mesmo ela parecia de melhor humor, o que nos permitiu um serão mais animado.
Dessa vez o treino era às 10.00h, pelo que tive de me levantar um pouco mais cedo, e a Yaiza decidiu me acompanhar mais uma vez. Fiquei feliz porque a presença dela me fazia esforçar mais ainda nos treinos, o que sucedeu nesse. Mais uma vez me despachei nos balneários e fui até ao meu carro, onde dessa vez a Yaiza ja não estava no lugar do condutor. Tava prestes a entrar no carro quando ouvi chamarem o meu nome, constatando ao me virar que era o Lima.
-Desculpa, só lembrei disso agora!  - falou assim que chegou junto de mim.
-Isso o quê?
-Isso! - respondeu, me estendendo algo que me pareceu uma carta. - Uma das duas raparigas que a sua namorada passou a correr ontem é sua fã, e pelo visto daquelas pra valer. Ela ficou mal por não ter podido te entregar e eu ao ouvir ela falando me ofereci pra te dar!
-Ah, obrigado!
-Eu sei que não é a mesma coisa, quer dizer, pelo menos pra ela, mas pelo que eu percebi ela esgotou as economias pra vir aqui ontem, então vai ser difícil ela voltar.
-Muito obrigado então, Lima! - agradeci, sorrindo.
-Nada que agradecer! - sorriu de volta. - Bom, eu vou indo que a Maria Paula não para de pedir prá gente ir embora!
-Tá, eu também vou embora!
-A gente se vê amanhã, então! - se despediu sorrindo, com um aceno e virando costas.
-Até amanhã! - me despedi, entrando finalmente no carro.
-Qué es eso? - me perguntou logo  a Yaiza, se referindo à carta que eu tinha na mão.
-Una carta. De una de las niñas por quien has pasado corriendo ayer - esclareci, um pouco desagradado pelo facto de a maior preocupação de la se satisfazer a curiosidade acerca da carta em vez de me cumprimentar.
-Puedo leer?
-Sí, pero tiene cuidado y no me digas lo que tiene escrito, después la miro solo.
-Solo? Por qué solo? - perguntou logo .
-Sano mis fans, es normal, no? - respondi começando a ficar aborrecido, se notando no meu tom de voz.
-Vale, no seas bruto, eh? - reclamou, mal-humorada.
-Vale, perdona. Cambiamos el asunto por favor?
-Sí. Donde vamos a comer?
-En casa.
-En serio? Yo tenia pensado en el restaurante junto de la playa... - pedinchou, fazendo o ar que eu não resistia, pelo que acedi aoseu capricho e alterei o percurso pensado.