terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Capitulo 1

Olá meninas!
Sei que prometi para breve o primeiro capitulo aquando da novidade desta nova fic, mas não consegui escrevê-lo mais cedo, por isso desculpem a demora! Mas pronto, aqui está ele, e sei que está pequeno, mas pronto. Espero que gostem, e como sempre, quero os vossos comentários!
Besitos

Sempre que precisava de força era a ele que recorria. As suas palavras traziam-me alento, Em cada momento difícil, ele sorria, a cada situação que parecia não ter solução, ele apresentava uma fórmula diferente a cada hora para encontrar o encaixe perfeito, a esperança sempre fora o seu braço direito. ''É muito bom você ter sonhos, acho que todo mundo ter sonhos, mas sem dúvida é melhor ainda poder realizá-los'', foi uma frase que ele disse, e por certo uma das suas metas desde criança. Aqueles olhos de criança feliz brilham num todo de um homem realizado, neste momento, mas que ambiciona sempre mais. Ficar quieto não é o seu lema. Todo esse espírito interior era o que me faltava, algumas vezes. Por isso recorria a ele. Parecia ter um espírito tão grande e profundo que parecia poder ser distribuído. E eram tantas as outras razões para ele ser o meu Ídolo. A minha tia e a minha prima, com quem vivo, apesar de quase não passar tempo com elas por causa do meu trabalho, não percebem porque é que idolatro tanto o Rodrigo. A minha prima, que tem 16 anos e adora jogar futebol, na playstation, diz que é porque o acho super giro, coisa que ela não achava. Sinceramente, acho-o giro sim, todos os dias, todas as noites, de qualquer maneira, apesar de só certificar a minha opinião quando o vejo jogar, pela televisão, e em fotografias, e confesso que a primeira vez que o vi, num jogo no qual nem prestei muita atenção na altura, foi a sua beleza, que para muitos é esquisita, outros dizem que não encontram beleza alguma, a não ser que talvez a haja de baixo da camisola. A primeira coisa que reparei nele foi o olhar, que apesar de inebriado pela falha de um lance e depois subsequente saída para o banco de suplentes, continuava doce. E quando tornei a vê-lo, foi novamente o seu olhar, que sempre destaquei como o de uma criança feliz, e depois então o seu sorriso. Esse apaixonou-me. Tão genuíno, gentil e doce. Ele era o puto do clube, na altura, e de facto a sua cara denominava um puto feliz. Não sei porque é que foi com ele que passei a sentir uma conexão, se é que posso chamar-lhe assim, visto que se ele sonhasse com a minha existência seria um milagre com certeza, mas senti algo que me fez focar nele, e talvez a história de vida de outros jogadores do clube seja mais intensa, sofrida, inspiradora, mas para mim, é ele que me toma atenção e me solta o orgulho. Explicar porque se é fã pode ser fácil para muitos, difícil para outros, explicar porque é que se tem como ídolo pode sê-lo também, e pode ainda ser quase impossível articular palavreado suficiente para isso, como é o meu caso, porque parecendo louco, de certo modo muitas vezes são os nossos ídolos que nos mantêm de pé, que quase nos salvam a vida, quando por vezes chegamos a extremos e desaparecer parece a solução. Porque isso nem todas as palavras, em todos os idiomas do Mundo são capazes de explicar, porque isso não se diz, sente-se. Quantas e quantas vezes fui chamada de maluca e obcecada. No principio os meus níveis de irritação quase rebentavam a escala, mas já aprendi a utilizar a indiferença, porque se não conseguem entender os meus motivos e escolhas, não merecem a pena.
Decidi escrever-lhe uma carta. Todas as suas fã, e rapazes também, porque apesar da sua beleza, os rapazes vêm o seu bom futebol, podem já ter-lhe escrito também, todos temos motivos próximos para o idolatrar ou simplesmente gostar dele e do que faz em campo, mas todos temos histórias diferentes, e todos temos sempre algo de novo a dizer-lhe. Como o meu tempo era escasso, tive de passar tudo a computador e mandar a uma amiga minha que imprimiu e lhe entregou, quando foi esperar os jogadores ao Centro de Estágios no Seixal. Seria completamente diferente se fosse eu a entregar-lhe a carta em mão, escrita por mim e não estereotipada pelas pré-definições de um computador, seria único estar ao pé dele, falar com ele, ver o seu olhar dirigido a mim e o seu sorriso destinar-se também a mim, mas tal estava algo bastante longe de acontecer. E quase chorei, porque nunca tinha tido a oportunidade de estar perto dele e agora restarem-me apenas alguns meses para tentar concretizar tal desejo, porque ele ia embora. Muito provavelmente teria de contentar-me com o facto de ele ler a minha carta e idealizar a minha existência, assim como mais um motivo de progressão no seu esforço e dedicação diários.
E depois de entregue a carta, o tempo parece que abranda, porque a esperança de que uma resposta ou um agradecimento surjam prolonga-se a cada dia, a cada hora, e a cada minuto que passa parece um suplicio, porque é algo que desejamos fortemente. Durante grande parte do meu dia não pensava nisso, não tinha tempo, mas quando parava para descansar e dedicar-me um pouco às minhas coisas, era inevitável. Todos os dias ia ao Twitter, e todos os dias a esperança se prolongava. Podia estar no seu mais baixo nivel, mas nunca desaparecia. Passou uma semana, a primeira de Fevereiro, e ainda não tinha obtido qualquer resposta. A amiga que tinha entregue a minha carta ao Rodrigo perguntara-me algumas vezes se já tinha tido alguma resposta, algo que nunca lhe respondia afirmativamente. No domingo à noite voltou a fazer-me a mesma pergunta, ao que lhe dei a mesma e habitual resposta, e pouco tempo depois a conversa cessou, pelo que estranhei quando o meu telemóvel tocou, com o número dela a chamar.
-Olá! - saudei.
-Olá - respondeu. - Olha eu tenho uma coisa para te dizer.
-Diz.
-É sobre...
-Sobre...?
-A carta para o Rodrigo - acabou por dizer.
-O que é que tem?
-É que... Eu não a entreguei. - Quando ouvi tais palavras, um remoinho surgiu no meu interior.
-O quê? - disse, na esperança de ter sido eu a ouvir mal e não ela a pronunciar tal coisa.
-Eu não a entreguei.
-Porquê?! - perguntei, tentando acalmar o meu tom de voz.
-Eu fiquei sem tinteiros e...
-Então porque é que me mentiste?
-Porque...
-Agora já sei o que é que era a preocupação para saber se ele tinha respondido! Foste uma falsa!
-Eu não fui falsa!
-Claro que não, fui eu!
-Se calhar até foste! - atirou. Se pudesse tinha gritado as palavras, mas contive-me para não despertar a bebé.
-Tu sabes que é um sonho meu e fingiste que me ajudaste! E tiveste a lata de me perguntar durante toda a semana se tinha tido alguma resposta!
-Eu não sou pombo-correio!
-Não querias não dizias que fazias! Eu confiei em ti!
-Não preciso que confies, afinal não sou eu que preciso da tua ajuda para chegar ao meu ídolo!
-Esquece que eu existo que eu vou fazer o mesmo em relação a ti! - e desliguei a chamada. Apetecia-me berrar! Como é que ela tinha sido capaz?! Ela sabia que era um sonho, ela sabia o quanto desejava chegar de algum modo ao Rodrigo, e para além da falsidade tentava agora arranjar desculpas! Esperava que ela não me aparecesse à frente durante um longo tempo! Mas decepções à parte, foquei-me então em tentar encontrar uma nova maneira de entregar-lhe a carta.

-Mas oh Di, onde é que vais? - perguntou-me a minha prima Alice pela segunda vez. Depois de grande parte da noite anterior a pensar e planear, iria tentar o novo meio para a questão da carta.
-Ao Seixal.
-Mas agora?
-Tenho de ir agora para chegar a tempo, o treino é às 17.00h. E antes que perguntes, sim, tem de ser hoje, é o meu único dia livre e o treino é à porta aberta!
-Mas eu queria...
-Por favor Alice, tem mesmo de ser hoje, não sei quando é que consigo outra oportunidade!
-Está bem, pronto, mas então posso ir contigo?
-Se a tua mãe deixar e tiveres dinheiro para os transportes podes! Mas aviso já que depois não sei a que horas é que chegamos!
-Está bem, está bem, eu vou perguntar à minha mãe então! - Ela foi a correr à cozinha e segundos depois regressou. - Vou contigo Di! - informou alegremente. Pegou nas coisas que precisava e dirigimo-nos então para a paragem de autocarros.
-Mas oh Alice, agora é que estava a pensar. Porque é que tu queres ir comigo ao Seixal ver o treino e esperar pelos jogadores do Benfica?
-Então, tu vais estar pela primeira vez com o Rodrigo, eu quero ver!
-Eu não acho que seja isso, mas supondo que seja, não é só isso.
-É sim.
-Não! É por causa do Nico, não é?
-Pronto, está bem, é!
-Eu sabia! És do Sporting, és do Sporting, mas não sabes o nome de nenhum jogador do teu clube, e desde que viste o Nico naquele jogo na televisão que não o largas!
-O que é que queres, o rapaz é giro!
-Ah, só podia! O que é que queres, o rapaz é giro! - brinquei, ao que ela riu, sem resposta.
Depois do comboio e do barco apanhamos um último autocarro. Finalmente estava ali, em frente ao Caixa Futebol Campus.

 E tinha de ser hoje o dia.

2 comentários:

  1. Adorei, a sério que sim. Tens a noçao que me vi espelhada neste capitulo?!? Adiante.
    E porquê que a rapariga não entrrgou a carta ao Rodrigo? Tipo, coisa mais egoísta, se fosse comigo estavam a chover bastonadas já. Esperando pelo próximo, ansiosamente, e digo-te já, se calhar como este, vai ser espectacular. Mas até vou morrer de curiosidade, porque tu não tens piedade de mim, né?
    Beijinhos, adoro-te *

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  2. Oh minha nossa que coisa boa bf! Primeiro isso do inicio é tipo um mega desabafo mas do mais lindo! Depois é aquela coisa da suposta amiga, minha nossa era uma chapada! E depois é o ir ao Seixal, que coisa mais boa. Esta FIC tem tudo para ser perfeita, amo amo amo princesa <3

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