segunda-feira, 28 de abril de 2014

Capítulo 3

Buenas princesas!
Bem, para não variar muito no tempo, um mês depois, aqui vos trago mais um capítulo! Espero que gostem, e queria agradecer, de verdade, pelos comentários e incentivos, mesmo eu postando com uma regularidade não tão grande quanto gostaria e vocês merecem, por isso, muito obrigada!
Besitos e boa leitura!  <3

(Diana)

Tinha ficado desiludida por não ter conseguido estar junto do Rodrigo e entregar-lhe a carta, mas acho que agarrei bem a oportunidade que depois me surgiu através do Lima. E nele eu podia confiar e acreditar que a carta chegaria às mãos do Rodrigo. Desde o dia em que havia deixado a carta nas mãos do Lima, estava mais atenta ainda ao meu Twitter, pelo que andava mais ansiosa do que o normal, enquanto persisistia na esperança que ele gostasse ou retwetasse algum dos twittes em que o mencionara. Mas se por um lado tinha rejuvenescido a grande esperança de algum dia contactar com o meu ídolo, após o Lima me prometer que entregaria a carta ao mesmo, por outro, temia que o Rodrigo não fosse dar-se ao trabalho de responder-me ou algo do género. Tentei ao máximo não pensar muito no assunto, tarefa que me foi facilitada pela ocupação no trabalho.

(Rodrigo)

O dia acabou por ser preenchido e chegámos em casa já de noite. Tava cansado e precisava de descansar pra na manhã seguinte ir pra mais um treino, por isso pouco depois de termos chegado em casa fui me arrumar pra dormir. Fui até à sala dar um beijo de boa noite na minha namorada e já quando tinha virado costas me lembrei.
-Yai, donde esta la carta?
-Qué carta?
-Aquella qué Lima me ha dado hoy después del entrenamiento.
-Ah, esa... No lo sé.
-Pero yo te he dejado leer, en el coche.
-Si, pero yo la dejé allá.
-Podrias terme devolvido.
-Perdona. Ya tienes visto allá?
-No. Mañana la busco.
-Vale. Hasta mañana cariño.
-Hasta mañana preciosa.
De manhã acordei e me despachei, enquanto a Yaiza fazia o mesmo e fui até ao carro. Tinha acordado com a ideia de encontrar a carta, pelo que fui lá procurar. Mas nem sinal.
-No has desajunado cariño? - me perguntou a Yaiza, chegando junto de mim.
-No, he venido buscar la carta, pero no la he encontrado.
-Hm, qué mal... Pero, cariño, después la buscas mejor. Sino vamos llegar tarde al entrenamiento!
-Vale - concordei desagradado, entrando no carro para conduzir pró treino.
 Deixei a Yaiza na entrada do Caixa e seguí para os balneários.
-Bom dia! - cumprimentou o Lima,entrando nos balneários , recebendo um ''Bom dia'' de todo o mundo. Quando sai do balneário, já equipado, o Lima, também já equipado, se acercou de mim. - Então, que cara é essa rapaz?
-Por causa da carta que você me deu ontem.
-Tinha alguma coisa errada?
-Nem sei, não li.
-Porquê? Eu te juro que a garota é super legal!
-Eu acredito em você, não é isso. É que eu não sei da carta!
-Mas perdeu?
-Não sei, eu deixei a Yaiza ler quando a gente ia no carro, ela falou que deixou lá, mas hoje quando acordei fui lá procurar e não encontrei nada! Acho que vou ter de virar o carro de novo e procurar melhor!
-Olha, eu não tou querendo me meter, mas eu quero realmente que você leia a carta e pelo visto você também, então... Será que a Yaiza não tem a carta?
-Quê? Que que cê tá querendo dizer?
-Eu escutei a garota que escreveu a carta falando que a Yaiza tinha ficado com ciúme, não sei do quê ou porquê, e depois, tem certeza que a sua namorada não viu as garotas, ou tava fugindo pra você não parar lá?
-Você...
-Eu não tou acusando ninguém nem defendendo ninguém, mas, pode ser possivel.
-Pensando bem até pode fazer algum sentido... Mas eu não acho que a Yaiza fizesse isso, tudo bem que ela não costuma gostar quando as fãns mais velhas vêm falar comigo, mas nunca falou nada nem fez nada contra...
-Eu não sei se você reparou, mas a garota é bonita...
-Tá, eu... eu vou falar com a Yaiza.
-Acho que é o melhor que você tem a fazer!
-É. Bom, vamo pra não levar sermão do Mister! - seguimos pró treino, que correu bem, mas não tão bem assim, porque fiquei pensando na conversa com o Lima.
-Qué te ha pasado? Entrenamiento pobre este, he! - me falou assim que entrei no carro.
-Ya lo sé, no necesito que lo digas!
-Malhumorado qué estas!
-Mira, necesito hablarte, Yaiza - disse de uma vez.
-Me asustas con ese tono!
-Es serio!
-Vale, estoy escuchando!
-Estas segura que no lo sabes donde esta la carta?
-Estas dudando de mi? - se ofendeu.
-Sólo quiero que tengas certeza de lo que has dicho.
-No entiendo por qué quieres que tenga certeza, no es nada de tan importante!

-Para mí sí! No quiero fallar la niña!
-Ni siquiera la conoces!
-Eres mí fan! Es suficiente para sentirme por lo menos en la obligación de leer su carta y responderla!
-Ai, me irrita tanta preocupación! No la conoces, no es de tu familia, no tienes que hacerlo!
-Pero yo quiero, vale? Yo quiero! - respondi, um pouco exaltado já. Ela não falou nada. - Así que no sabes donde esta la carta?
-No!
-Aquí no esta.
-Pues,, entonces quizá la perdiste!
-Fuiste tu la ultima teniéndola.
-Y la deche aquí!
-Pues... Y a propósito, lunes, no has mismo visto las niñas?
-Joder, que no! - gritou.
-Perdona, pero no te creo.
-Como, no me crées? Alguna vez te he mentido?
-Siempre hay una primera vez para todo!
-Me estas ofendendo!
-Mira, no es mi intención, pero yo no puedo creerte, no puedo, perdona.
-Quien no puede créer soy yo! No puedo créer que estamos discutiendo por una cría que no haces ni puta idea de quien sea! - disparou, saindo do carro furiosa e se afastando do mesmo. Me sentí mal por ter discutido com ela, mas a carta era realmente importante, e por mais que confiasse nela, não tava conseguindo mesmo acreditar que ela não tinha nada a ver com isso. Descansei um pouquinho o pesar após reparar que ela pegou boleia com a Tamara e o Ezequiel. Segui pra casa, esperando que ela tivesse pedido o mesmo destino pra eles.
Cheguei em casa e nem sinal dela. Depois de deixar o saco de treinos no quarto e colocar a roupa pra lavar, fui prá sala, assistir televisão enquanto esperava o regresso dela.Meia hora depois a chave abria a porta e ela entrou.
-Por fin has llegado! - falei, aliviado.
-Si, pero no quiero hablarte, aún estoy enfadada!
-Estaba preocupado, Yai!
-Fuiste tu que lo has provocado!
-Sólo estaba buscando la verdad! Yo necesito encontrar la carta!
-Lo necesitas?! Dios mio, me estas acusando de algo que no he hizo, me dices que te he mentido, estamos discutiendo a costa de una estúpida carta de una estúpida niña que no haces idea de quien sea!
-No vamos volver a eso! Ya te he dicho que sano cosas mucho importantes para mí!
-Más que yo?
-Yai, para! Que es eso? Por qué tantos celos? Te lo juro que no lo entiendo!
-Qué celos? Qué celos?! Yo no tengo celos de nadie!
-No es lo que parece!
-Ya basta! No puedo escucharte más! - falou, irritada, correndo pró quarto. Eu me detive, pensando no sofá. A reação dela não aparentava que ela soubesse realmente de algo, e talvez eu tivesse sendo um pouco injusto com ela, afinal, ela nunca tinha feito uma cena de ciúmes, não ia fazer agora por causa de uma carta,, de uma garota que nunca tinha visto sequer. Deixei passar uns poucos minutinhos e decidi ir até ao quarto falar com ela de maneira mais calma e pedir desculpas. Abrí a porta devagar e ela tava no banheiro do quarto, pois eu ouvia ela falando sozinha.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Capitulo 2

Boa noite meninas!
Como havia prometido ao postar na Momentos, aqui está o segundo capitulo! Espero que gostem, e gostava muito que deixassem os vossos comentários!
Besitos <3
Mónica

-Chegámos - sorri, antes de entrarmos no edificio.
-Achas que consegues tremer mais? É que o chão ainda não tremeu! - gozou a Alice, devido ao meu estado.
Durante todo o treino, que assistimos na primeira bancada, tive a noção que os meus olhos brilhavam e um sorriso grotesco estava estampado no meu rosto. Era o mais próximoque alguma vez estivera dele, e a felicidade que sentia era enorme. Arrepiava-me.
-Estás quase a babar-te! - disse-me a Alice, falando um pouco mais alto para que conseguisse ouvir no meio do barulho nas bancadas.
-Não estou nada! - protestei, sem desarmar o sorriso nem recolher o brilho nos olhos ou sequer desviar o olhar. Apesar do protesto sabia que ela tinha razão, não no sentido literal, mas por acreditar que seria impossivel sentir mais intensamente a felicidade e o orgulho daquele momento.
-Estás sim, e tu sabes! - insistiu.
-Pronto, está bem, se calhar sim! - ri.
-Ai o meu Rodrigo, tão lindo! - gozou, agudizando mais a voz para enfatizar o tom jocoso.
-Para de gozar, posha! - reclamei, sorrindo controversamente, encarando-a. E nesse instante apercebi-me que uma rapariga a dois lugares de distância da Alice prestava atenção à nossa conversa. Ao encará-la a sua cara não me pareceu desconhecida, mas decidi ignorar tal atenção da pessoa.
-Eu não estou a gozar, estou a dizer a verdade!
-Olha o Nico! - decidi batotear, de modo a cala-la e fazê-la prestar atenção no campo. Resultou, porque ela exclamou um ''Onde? '', virando a cara automáticamente para o campo.
No final do reino, deixado com inúmeros aplausos, começamos a dirigir-nos para o exterior, para esperar pelos jogadores.
-Oh Di, aquela não é a namorada do Rodrigo? - perguntou-me a Alice, apontando uma rapariga que nos acabava de passar à frente na pouco ordeira saída do Caixa. Olhei de relance, mas não consegui perceber.
-Não sei, está de costas não consigo perceber.
-Já vemos lá fora então. - Acabámos por chegar ao exterior, sempre com a Alice a seguir com o olhar a tal rapariga. - Vê lá agora, ela está virada para aqui! - chamou-me. Olhei e vi-a abrir a porta do condutor de um carro, constatando que de facto era a namorada dele. Porém apercebi-me no mesmo instante que era ela também a rapariga que prestara atenção à minha conversa com a Alice durante o treino. - Então, é ela ou não? - insistiu a minha prima.
-É - respondi, desprendendo o olhar da espanhola e encarando a minha prima.
-E porque é que estás com essa cara?
-Porque ela ouviu-nos, quando tu gozas-te comigo por causa do Rodrigo, no treino.
-Como assim?
-Ela estava sentada a dois lugares de distância de ti!
-Ah, está bem. Mas também qual é que é o problema?
-É a namorada dele, não gosta de ouvir de certeza, oh estrupicia!
-Vai chamar estrupicia à tua prima!
-Acabei de fazê-lo.
-Oh, não é a mim! - reclamou. - Mas olha, ela que se aguente, ninguém a mandou meter-se no meio de adeptos, repletos de fãs e admiradoras que ela sabe de certeza que se fartam de babar para os jogadores! - Eu ri apenas. Ela até tinha razão, mas não tinha sido bom, ainda por cima sendo eu a destilar pelo namorado dela. Pouco depois os jogadores começaram a sair. Viam-se pessoas por todo o lado a pedir fotografias, autógrafos, abraços e beijinhos. Quando o Nico se aproximou, pedi que parasse para dar dois beijinhos e um autógrafo à minha prima, que morria de vergonha, e acabei por convencê-la a tirar também uma fotografia. Assim que o carro avançou viramo-nos para trás para ir vendo quem se aproximava e pedir que parassem para, pelo menos eu, guardar recordações e colectar lembranças do dia.
-Olha o Rodrigo! - chamou-me a Alice, após eu ver o carro do Rúben Amorim afastar-se, depois de este parar e me fornecer um novo momento que guardaria na memória do coração. Olhei imediatamente e vi-o, estava a entrar no carro, estranhamente do lado do passageiro, pois a namorada estava ao volante. Voltei a sorrir estrondosamente. Mais nenhum carro estava a ser tirado ou em circulação quando a espanhola ligou o motor e tirou o carro do lugar, mantendo uma velocidade minima, de modo a alguns fãs ainda conseguirem entregar cartas, cartazes e coisas do género ao Rodrigo, mas ao passar por nós a velocidade estrapassou o esperado, passando assim até à saída. Eu e a Alice eramos as únicas naquele espaço, tinhamos ficado longe da confusão, por isso era evidente o motivo da alteração súbita de velocidade. No entanto ainda consegui ter um vislumbre, rápido, do Rodrigo, ao passarem por nós. Parecia tão perto mas num piscar de olhos tão longe que me irritou.
-Filha da mãe! - exasperei, gesticulando com o braço. - Ela ficou com ciúmes, só pode!
-Estúpida! - gritou a Alice na direção para onde o carro havia seguido, - E agora? - perguntou, virando-se para mim.
-Agora não sei! Gastei o dinheiro que tinha guardado para conseguir vir aqui numa das únicas oportunidades que tenho e agora aquela lapa estragou tudo! - Assim que terminei de falar fui obrigada a virar-me para trás.
-Meninas! - ouvi chamarem-nos. Era o Lima, seguido da mulher e da filha. - Desculpa eu me meter, mas eu não consegui deixar de ouvir o seu desabafo. Você queria entregar isso pró Rodrigo? - perguntou-me, olhando para a carta que eu tinha nas mãos.
-Pois, queria, mas a namorada dele não me deixou.
-Quer que eu dê pra ele? Eu sei que não é a mesma coisa, mas eu posso entregar, se você quiser.
-A sério? - perguntei, tornando a exibir um sorriso.
-Claro, e eu prometo que eu deixo bem na mão dele!
-Obrigada, Lima! - agradeci eufusivamente, abraçando-o, entusiasmada.
-De nada! - riu, abraçando-me também.
-Ai desculpa, mas é que eu ficava mesmo muito agradecida se lhe entregasses a carta! - desculpei-me pelo abraço.
-Não tem problema, e eu faço de boa vontade! - sorriu.
-Posso pedir-te  mais duas coisas?
-Se eu puder te ajudar!
-Um autógrafo e uma fotografia?
-Claro! - passei-lhe o bloco e a caneta. - Qual é o seu nome?
-Diana. - Ele escreveu e entregou-me de volta o bloco e a caneta.
-A foto, agora - posicionei-me ao seu lado, enquanto a minha prima preparava a máquina.
-Papai - ouvimos da janela do carro atrás de nós, que era o carro do Lima. - Posso tirar a foto com vocês? - perguntou a sua filha, Maria Paula, envergonhada.
-Por mim pode, meu bem, tem é de perguntar prá menina se pode - respondeu-lhe ele.
-Pode? - perguntou a menina, olhando-me envergonhadamente.
-Claro que sim! - sorri-lhe.
-Ôbá! - sorriu. A mulher do Lima, Valéria, ajudou a filha a sair da cadeirinha e vir para junto de nós. Colocou-se entre mim e o Lima e sorrimos os três para a fotografia.
-Agora posso pedir-te eu uma cisa? - perguntei à Maria Paula. Ela abanou a cabeça, afirmativamente. - Dás-me um beijinho?
-Só se você me der um abraço! - contrapôs, carismaticamente esperta.
-Fechado! - acedi com toda a vontade, sorrindo, recebendo e dando-lhe um beijinho e depois abraçamo-nos por segundos. - Obrigada! - agradevi.
-De nada! - sorriu docemente, voltando para a sua cadeirinha com a ajuda da mãe.
-Gostou de você! - constatou o Lima, rindo.
-Ela é tão fofinha! - constatei, o que nos levou a rir a todos.
-Bom, a gente vai embora, mas eu prometo que eu entrego a sua carta pró Rodrigo! E eu cumpro sempre minhas promessas!
-Eu acredito em ti. Obrigada, Lima, a sério!
-Não tem que agradecer, eu percebi o quanto significa pra você! E eu gostei de você!
-Eu também comprovei que é fácil gostar de ti, aliás, de vocês!  - sorrimos.
-Então pronto, tchau meninas!
-Adeus, e obrigada, mesmo! - ele sorriu de volta e entrou no carro. Nós duas permanecemos algum tempo ainda até todos os jogadores e o Mister terem ido embora e depois embarcamos na viagem de regresso a casa.
-Que sorte que tiveste! - disse a Alice, quando estavamos já no autocarro que nos levaria de novo a Cacilhas, onde apanhariamoa o barco então.
-Nem me digas nada! Não estava mesmo à espera, não me passava pela cabeça sequer, mas ainda bem que aconteceu! O Lima é mesmo querido, e a Maria Paula é uma fofinha! Viste ela a perguntar se podia tirar a fotografia connosco? Que querida!
-Pois foi! A namorada do Rodrigo é que foi uma idiota!
-Os ciúmes bateram-lhe à porta e ela decidiu fugir!
-Mas também já olhaste para ti?
-O que é que eu tenho?
-És bonita!
-E daí se sou bonita? Ele não está com ela? Não percebo porquê a insegurança deste tamanho, ainda por cima os comentários nem foram tão espalhafatosos assim, até foram modestos! Até parece que ela não tem provas suficientes que ele está com ela e só com ela!
-Mas tens de admitir que competir contigo é duro, mesmo sendo ela modelo, ou tendo sido, ou lá o que seja!
-Mas que competir? Eu não estou a competir com ninguém, muito menos com ela! Eu quero que ele seja feliz, e se é com ela, que seja! Eu só queria dar-lhe a conhecer a minha admiração por ele e o meu apoio!
-Pronto, está bem, não te revoltes, sim?
-Só estou revoltada com ela que foi dramática! - desmanchamo-nos a rir e continuamos a conversa, desviando a atenção do Rodrigo e da namorada.

(Rodrigo)

Tinha sido muito bom sentir a energia e o apoio dos adeptos no treino de hoje. Mesmo que a gente não tivesse em baixo, era sempre bom ficar melhor ainda com todas as demonstrações de apoio. Após o treino terminar. eu me despachar dos balneários, saí e fui directo pró meu carro, onde a Yaiza me esperava. Estranhei quando vi ela no lugar do condutor, pois geralmente quem conduz sou eu, mas me sentei no lugar do passageiro e ela ligou logo  o carro.
-Hola! - sorri pra ela, enquanto entrava no carro.
-Hola - respondeu, sem ter um tão grande sorriso como habitual.
-Qué pasa?
-Nada. Nos vamos?
-Sí, pero despacio para que pueda hablar un poquito con ellos, por favor - pedi, me referindo aos adeptos que se juntavam esperando os jogadores.
-Vale - concordou, mas a sua expressão não era muito boa. Alguma coisa tinha acontecido. À medida que iamos passando pelos adeptos eles iam me falando e entregando várias coisas, que eu aceitava de bom grado. Reparei que haviam duas raparigas um pouco mais afastadas do aglomerado de pessoas, percebendo que não pareciam gostar muito de ficar naquela confusão. Ia falar prá Yaiza parar junto delas também, quando de repente ela acelerou, passando rápido junto delas e saindo à mesma velocidade do perímetro do Caixa.
-Por qué eso, Yai?
-Quiero ir me a casa deprisa.
-No has visto las niñas?
-No! - respondeu bruscamente.
-Que te pasa, Yai? No estas bien!
-Nada, ya te he dicho que quiero ir me a casa deprisa.
-Sólo eso?
-Sí - continuou respondendo rispidamente.
-Bien - terminei a conversa, no entanto não tava convencido.
Chegámos em casa e eu fui até ao quarto deixar as minhas coisas, enquanto ela se ficou logo  pelo sofá da sala, ligando a televisão. Eu fiz o jantar e na hora do mesmo ela parecia de melhor humor, o que nos permitiu um serão mais animado.
Dessa vez o treino era às 10.00h, pelo que tive de me levantar um pouco mais cedo, e a Yaiza decidiu me acompanhar mais uma vez. Fiquei feliz porque a presença dela me fazia esforçar mais ainda nos treinos, o que sucedeu nesse. Mais uma vez me despachei nos balneários e fui até ao meu carro, onde dessa vez a Yaiza ja não estava no lugar do condutor. Tava prestes a entrar no carro quando ouvi chamarem o meu nome, constatando ao me virar que era o Lima.
-Desculpa, só lembrei disso agora!  - falou assim que chegou junto de mim.
-Isso o quê?
-Isso! - respondeu, me estendendo algo que me pareceu uma carta. - Uma das duas raparigas que a sua namorada passou a correr ontem é sua fã, e pelo visto daquelas pra valer. Ela ficou mal por não ter podido te entregar e eu ao ouvir ela falando me ofereci pra te dar!
-Ah, obrigado!
-Eu sei que não é a mesma coisa, quer dizer, pelo menos pra ela, mas pelo que eu percebi ela esgotou as economias pra vir aqui ontem, então vai ser difícil ela voltar.
-Muito obrigado então, Lima! - agradeci, sorrindo.
-Nada que agradecer! - sorriu de volta. - Bom, eu vou indo que a Maria Paula não para de pedir prá gente ir embora!
-Tá, eu também vou embora!
-A gente se vê amanhã, então! - se despediu sorrindo, com um aceno e virando costas.
-Até amanhã! - me despedi, entrando finalmente no carro.
-Qué es eso? - me perguntou logo  a Yaiza, se referindo à carta que eu tinha na mão.
-Una carta. De una de las niñas por quien has pasado corriendo ayer - esclareci, um pouco desagradado pelo facto de a maior preocupação de la se satisfazer a curiosidade acerca da carta em vez de me cumprimentar.
-Puedo leer?
-Sí, pero tiene cuidado y no me digas lo que tiene escrito, después la miro solo.
-Solo? Por qué solo? - perguntou logo .
-Sano mis fans, es normal, no? - respondi começando a ficar aborrecido, se notando no meu tom de voz.
-Vale, no seas bruto, eh? - reclamou, mal-humorada.
-Vale, perdona. Cambiamos el asunto por favor?
-Sí. Donde vamos a comer?
-En casa.
-En serio? Yo tenia pensado en el restaurante junto de la playa... - pedinchou, fazendo o ar que eu não resistia, pelo que acedi aoseu capricho e alterei o percurso pensado.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Capitulo 1

Olá meninas!
Sei que prometi para breve o primeiro capitulo aquando da novidade desta nova fic, mas não consegui escrevê-lo mais cedo, por isso desculpem a demora! Mas pronto, aqui está ele, e sei que está pequeno, mas pronto. Espero que gostem, e como sempre, quero os vossos comentários!
Besitos

Sempre que precisava de força era a ele que recorria. As suas palavras traziam-me alento, Em cada momento difícil, ele sorria, a cada situação que parecia não ter solução, ele apresentava uma fórmula diferente a cada hora para encontrar o encaixe perfeito, a esperança sempre fora o seu braço direito. ''É muito bom você ter sonhos, acho que todo mundo ter sonhos, mas sem dúvida é melhor ainda poder realizá-los'', foi uma frase que ele disse, e por certo uma das suas metas desde criança. Aqueles olhos de criança feliz brilham num todo de um homem realizado, neste momento, mas que ambiciona sempre mais. Ficar quieto não é o seu lema. Todo esse espírito interior era o que me faltava, algumas vezes. Por isso recorria a ele. Parecia ter um espírito tão grande e profundo que parecia poder ser distribuído. E eram tantas as outras razões para ele ser o meu Ídolo. A minha tia e a minha prima, com quem vivo, apesar de quase não passar tempo com elas por causa do meu trabalho, não percebem porque é que idolatro tanto o Rodrigo. A minha prima, que tem 16 anos e adora jogar futebol, na playstation, diz que é porque o acho super giro, coisa que ela não achava. Sinceramente, acho-o giro sim, todos os dias, todas as noites, de qualquer maneira, apesar de só certificar a minha opinião quando o vejo jogar, pela televisão, e em fotografias, e confesso que a primeira vez que o vi, num jogo no qual nem prestei muita atenção na altura, foi a sua beleza, que para muitos é esquisita, outros dizem que não encontram beleza alguma, a não ser que talvez a haja de baixo da camisola. A primeira coisa que reparei nele foi o olhar, que apesar de inebriado pela falha de um lance e depois subsequente saída para o banco de suplentes, continuava doce. E quando tornei a vê-lo, foi novamente o seu olhar, que sempre destaquei como o de uma criança feliz, e depois então o seu sorriso. Esse apaixonou-me. Tão genuíno, gentil e doce. Ele era o puto do clube, na altura, e de facto a sua cara denominava um puto feliz. Não sei porque é que foi com ele que passei a sentir uma conexão, se é que posso chamar-lhe assim, visto que se ele sonhasse com a minha existência seria um milagre com certeza, mas senti algo que me fez focar nele, e talvez a história de vida de outros jogadores do clube seja mais intensa, sofrida, inspiradora, mas para mim, é ele que me toma atenção e me solta o orgulho. Explicar porque se é fã pode ser fácil para muitos, difícil para outros, explicar porque é que se tem como ídolo pode sê-lo também, e pode ainda ser quase impossível articular palavreado suficiente para isso, como é o meu caso, porque parecendo louco, de certo modo muitas vezes são os nossos ídolos que nos mantêm de pé, que quase nos salvam a vida, quando por vezes chegamos a extremos e desaparecer parece a solução. Porque isso nem todas as palavras, em todos os idiomas do Mundo são capazes de explicar, porque isso não se diz, sente-se. Quantas e quantas vezes fui chamada de maluca e obcecada. No principio os meus níveis de irritação quase rebentavam a escala, mas já aprendi a utilizar a indiferença, porque se não conseguem entender os meus motivos e escolhas, não merecem a pena.
Decidi escrever-lhe uma carta. Todas as suas fã, e rapazes também, porque apesar da sua beleza, os rapazes vêm o seu bom futebol, podem já ter-lhe escrito também, todos temos motivos próximos para o idolatrar ou simplesmente gostar dele e do que faz em campo, mas todos temos histórias diferentes, e todos temos sempre algo de novo a dizer-lhe. Como o meu tempo era escasso, tive de passar tudo a computador e mandar a uma amiga minha que imprimiu e lhe entregou, quando foi esperar os jogadores ao Centro de Estágios no Seixal. Seria completamente diferente se fosse eu a entregar-lhe a carta em mão, escrita por mim e não estereotipada pelas pré-definições de um computador, seria único estar ao pé dele, falar com ele, ver o seu olhar dirigido a mim e o seu sorriso destinar-se também a mim, mas tal estava algo bastante longe de acontecer. E quase chorei, porque nunca tinha tido a oportunidade de estar perto dele e agora restarem-me apenas alguns meses para tentar concretizar tal desejo, porque ele ia embora. Muito provavelmente teria de contentar-me com o facto de ele ler a minha carta e idealizar a minha existência, assim como mais um motivo de progressão no seu esforço e dedicação diários.
E depois de entregue a carta, o tempo parece que abranda, porque a esperança de que uma resposta ou um agradecimento surjam prolonga-se a cada dia, a cada hora, e a cada minuto que passa parece um suplicio, porque é algo que desejamos fortemente. Durante grande parte do meu dia não pensava nisso, não tinha tempo, mas quando parava para descansar e dedicar-me um pouco às minhas coisas, era inevitável. Todos os dias ia ao Twitter, e todos os dias a esperança se prolongava. Podia estar no seu mais baixo nivel, mas nunca desaparecia. Passou uma semana, a primeira de Fevereiro, e ainda não tinha obtido qualquer resposta. A amiga que tinha entregue a minha carta ao Rodrigo perguntara-me algumas vezes se já tinha tido alguma resposta, algo que nunca lhe respondia afirmativamente. No domingo à noite voltou a fazer-me a mesma pergunta, ao que lhe dei a mesma e habitual resposta, e pouco tempo depois a conversa cessou, pelo que estranhei quando o meu telemóvel tocou, com o número dela a chamar.
-Olá! - saudei.
-Olá - respondeu. - Olha eu tenho uma coisa para te dizer.
-Diz.
-É sobre...
-Sobre...?
-A carta para o Rodrigo - acabou por dizer.
-O que é que tem?
-É que... Eu não a entreguei. - Quando ouvi tais palavras, um remoinho surgiu no meu interior.
-O quê? - disse, na esperança de ter sido eu a ouvir mal e não ela a pronunciar tal coisa.
-Eu não a entreguei.
-Porquê?! - perguntei, tentando acalmar o meu tom de voz.
-Eu fiquei sem tinteiros e...
-Então porque é que me mentiste?
-Porque...
-Agora já sei o que é que era a preocupação para saber se ele tinha respondido! Foste uma falsa!
-Eu não fui falsa!
-Claro que não, fui eu!
-Se calhar até foste! - atirou. Se pudesse tinha gritado as palavras, mas contive-me para não despertar a bebé.
-Tu sabes que é um sonho meu e fingiste que me ajudaste! E tiveste a lata de me perguntar durante toda a semana se tinha tido alguma resposta!
-Eu não sou pombo-correio!
-Não querias não dizias que fazias! Eu confiei em ti!
-Não preciso que confies, afinal não sou eu que preciso da tua ajuda para chegar ao meu ídolo!
-Esquece que eu existo que eu vou fazer o mesmo em relação a ti! - e desliguei a chamada. Apetecia-me berrar! Como é que ela tinha sido capaz?! Ela sabia que era um sonho, ela sabia o quanto desejava chegar de algum modo ao Rodrigo, e para além da falsidade tentava agora arranjar desculpas! Esperava que ela não me aparecesse à frente durante um longo tempo! Mas decepções à parte, foquei-me então em tentar encontrar uma nova maneira de entregar-lhe a carta.

-Mas oh Di, onde é que vais? - perguntou-me a minha prima Alice pela segunda vez. Depois de grande parte da noite anterior a pensar e planear, iria tentar o novo meio para a questão da carta.
-Ao Seixal.
-Mas agora?
-Tenho de ir agora para chegar a tempo, o treino é às 17.00h. E antes que perguntes, sim, tem de ser hoje, é o meu único dia livre e o treino é à porta aberta!
-Mas eu queria...
-Por favor Alice, tem mesmo de ser hoje, não sei quando é que consigo outra oportunidade!
-Está bem, pronto, mas então posso ir contigo?
-Se a tua mãe deixar e tiveres dinheiro para os transportes podes! Mas aviso já que depois não sei a que horas é que chegamos!
-Está bem, está bem, eu vou perguntar à minha mãe então! - Ela foi a correr à cozinha e segundos depois regressou. - Vou contigo Di! - informou alegremente. Pegou nas coisas que precisava e dirigimo-nos então para a paragem de autocarros.
-Mas oh Alice, agora é que estava a pensar. Porque é que tu queres ir comigo ao Seixal ver o treino e esperar pelos jogadores do Benfica?
-Então, tu vais estar pela primeira vez com o Rodrigo, eu quero ver!
-Eu não acho que seja isso, mas supondo que seja, não é só isso.
-É sim.
-Não! É por causa do Nico, não é?
-Pronto, está bem, é!
-Eu sabia! És do Sporting, és do Sporting, mas não sabes o nome de nenhum jogador do teu clube, e desde que viste o Nico naquele jogo na televisão que não o largas!
-O que é que queres, o rapaz é giro!
-Ah, só podia! O que é que queres, o rapaz é giro! - brinquei, ao que ela riu, sem resposta.
Depois do comboio e do barco apanhamos um último autocarro. Finalmente estava ali, em frente ao Caixa Futebol Campus.

 E tinha de ser hoje o dia.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Personagens

                         

Diana Soares

Rapariga de 19 anos, dos arredores de Cascais, é morena, de olhos verdes, 1.70m. Geralmente é alegre, sempre de sorriso no rosto, é amiga dos seus amigos, que porém não são muitos e gosta de desafios, os quais aguçam o seu espírito aventureiro, o que não surge logo à vista, pois Diana tende a ser meio reservada para aqueles que ainda não adquiriram a sua confiança. Mas apesar de o sorriso ser uma das suas permanentes, Diana tem motivos para que tal não se suceda, no seu passado. Diana trabalha como babysitter interna a tomar conta de uma menina de um ano e meio. É benfiquista desde criança e o futebol é algo que a encanta desde que se lembra de começar a ver jogos na televisão, com o seu avô materno. Rodrigo Moreno, jogador do Sport Lisboa e Benfica, é o seu ídolo.

                                 

Rodrigo Moreno Machado

Tem 22 anos, é moreno, de olhos castanhos, 1.80m, vive em Lisboa. Actualmente, Rodrigo é jogador do Sport Lisboa e Benfica, clube no qual entrou em Julho de 2010, vindo do Real Madrid Castilla, assinando um contrato de cinco anos, sendo imediatamente cedido por empréstimo de um ano ao Bolton Wandereres. Após uma época em Inglaterra, Rodrigo regressou ao Benfica, onde impressionou com a sua evolução. O jogador actua ainda pela selecção Espanhola, podendo realizar tal feito devido ao facto de se ter naturalizado espanhol, apesar de ter nascido no Brasil, adquirindo assim a dupla nacionalidade. Filho de Adalberto Machado, ex-jogador do clube brasileiro, Flamengo, na década de 0, a mãe, uma brasileira de nome Andrea Moreno, e tem uma irmã dois anos mais nova, Mariana.
Rodrigo tinha contrato até 2019 com o clube encarnado, após ter sido renovado em Agosto de 2012, com uma cláusula de rescisão de 45 milhões de euros, porém na época de 2013/2014. a meia hora do fecho do mercado de Inverno Europeu, foi anunciado um comunicado oficial da SAD do clube, que havia sido feito um acordo com a sociedade Meriton Capital Limited alienando-lhe a totalidade dos direitos económicos de um acordo conjunto, de Rodrigo e também de André Gomes, no valor de 45 milhões de euros.

                                     

Yaiza Navarro

Rapariga de 22 anos, morena, de olhos castanhos, modelo, proveniente de Alicante, terra espanhola. É a actual namorada de Rodrigo, que conheceu em Madrid, ainda quando ele actuava no Real Madrid Castilla. Estão juntos há cerca de mais ou menos um ano, e parecem verdadeiramente apaixonados, tanto que a modelo sacrificou algumas coisas, nomeadamente a sua carreira, para se mudar para Lisboa e assim estar mais perto e dar mais apoio ao jogador.

Nota de inicio



Olá meninas!
Bem, criei esta nova fic, e sei que o facto de ser novamente com o Rodrigo pode ser chato para vocês, mas é, pelo menos por agora, o que me trás inspiração. Espero que gostem também desta história, pelo menos quanto parecem gostar da Momentos, espero o vosso feadback, as vossas opiniões e comentários, e que apreciem tanto ler quanto eu terei gosto em escrever e partilhar com vocês.
E agora queria agradecer MUITO MUITO à minha melhor amiga, a Filipa a autora da ''Nothing else but love'' e ''Tu serás mía e yo seré tuyo'', porque me incentivou a publicar também esta história e por me ajudar com todas as dúvidas que tinha, foi fundamental! Obrigada pelo apoio, pela ajuda, por estares sempre lá, em todas as ocasiões, por simplesmente seres tu e me fazeres feliz. Amo-te melhor amiga, e obrigada! <3
Bem e é isto!
Besos grandes e espero que gostem!
Mónica